Lahore (Paquistão), 9 fev (EFE).- O Paquistão negou hoje que o mulá Omar e Osama bin Laden estejam em território paquistanês, como tinha afirmado na sexta-feira um diplomata americano em entrevista coletiva.
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"Se ele tem essa informação, deveria compartilhá-la com o Paquistão", disse um porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores paquistanês ao canal de televisão local "Geo".
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Em entrevista coletiva, o diplomata americano tinha afirmado em condição de anonimato que os Estados Unidos acreditam que o conselho talibã liderado por Omar tem sua sede na cidade paquistanesa de Quetta, próxima à fronteira com o Afeganistão.
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Os Estados Unidos oferecem uma recompensa milionária pela captura de Omar, que liderou os talibãs durante seu regime no Afeganistão, entre 1996 e 2001.
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O diplomata afirmou ainda que seu país vê claras ligações entre a insurgência afegã e a paquistanesa, que pertencem à etnia pashtun, da qual fazem parte 39 milhões de pessoas dos dois lados da fronteira.
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"Em alguns casos, são as mesmas pessoas: vivem no Paquistão, entram no Afeganistão para lutar e voltam a seus esconderijos do Waziristão (região paquistanesa na fronteira entre os dois países)", acrescentou o funcionário.
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Apesar de os serviços de inteligência ocidentais situarem os líderes talibãs em território paquistanês, o Governo de Islamabad sempre negou a existência de provas do fato.
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