A greve de roteiristas nos Estados Unidos, que termina após mais de três meses, provocou perdas estimadas em US$ 2 bilhões à economia de Los Angeles, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira.
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A última grande greve que afetou a indústria do entretenimento, em 1988, gerou perdas de US$ 500 milhões, quatro vezes menos que a atual, apesar de ter durado seis semanas a mais.
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Segundo a Corporação de Desenvolvimento Econômico de Los Angeles, cerca de US$ 733 milhões foram perdidos em despesas de produção, junto a outros US$ 1,3 bilhão que seriam destinados a serviços de alimentação, floristas, motoristas, hotelaria, garçons, costureiros e outros prestadores de serviços.
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A diferença no custo da greve se baseia no fato de que há 20 anos só existiam nos Estados Unidos três grandes canais de televisão e não havia produções de emissoras por assinatura.
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Estima-se que 46 programas exibidos em horário nobre e produções para a TV por assinatura se encontravam em plena filmagem em Los Angeles quando começou a greve.
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Cada episódio, que emprega cerca de 200 trabalhadores, custa uma média de US$ 3 milhões.
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Além disso, 17 comédias tinham iniciado sua produção no começo de novembro, a um custo de US$ 1,5 milhão por episódio.
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Segundo a empresa local FilmL.A, a suspensão dessas séries custou à economia da cidade aproximadamente US$ 25,5 milhões semanais.
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Por outro lado, o fim da greve dos roteiristas pode impulsionar a realização da cerimônia de entrega do Oscar, marcada para o dia 24 de fevereiro.
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Líderes do Sindicato de Roteiristas dos EUA (WGA, em inglês) anunciaram no domingo seu apoio unânime ao acordo obtido um dia antes com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP).
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No pedido, as organizações pediram que seus membros pusessem fim à greve que afeta Hollywood.
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O aprovação do acordo ocorre após o anúncio de um acordo preliminar com os estúdios, que detalha quanto os roteiristas devem receber pela venda do material que ajudam a produzir distribuído pela internet e outros meios.
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Espera-se que essa decisão seja tomada amanhã, através de uma votação que permita com que os mais de 10.500 escritores parados desde o dia 5 de novembro voltem ao trabalho possivelmente nesta quarta-feira.
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Essa resolução acabaria com a greve e daria sinal verde à celebração tradicional do Oscar, mas o texto do contrato ainda deve ser ratificado, o que pode ocorrer nos próximos dez dias.
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