29 janeiro, 2008

"Pânico" perde equipe, ibope e tenta se reinventar em 2008


Depois de perder para a concorrência dois humoristas, um editor e uma especialista em criação, o "Pânico na TV" sentiu o golpe e sofre para repor a equipe. Tutinha e Emílio se reuniram ontem e devem se reunir hoje de novo para tentar resolver os "buracos" que os ataques da Record e da Band deixaram na equipe.
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Nos últimos 50 dias, só a Record tirou do programa Carlos Alberto da Silva, o Mendigo, Vinícius Vieira, o Gluglu, e o editor Flávio Meirelles. Para piorar, o assédio da emissora do bispo Macedo ainda continua forte sobre outros integrantes: Sabrina, Ceará e Vesgo têm sido instados a mudar de emissora também, e a Record cogitou até pagar as multas contratuais de todos, caso rescindissem.
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Do outro lado, a Band levou Rosana Hermann, uma das principais responsáveis pela criação de quadros, uma cabeça-pensante do humorístico. Ela será editora-chefe e apresentadora do "Atualíssima" (com direito a dois salários, aliás).
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Mas o problema é ainda mais embaixo: além de procurar substitutos às pressas, Tutinha e Emílio sabem que terão de reinventar o modelo de humor da atração, que vem registrando queda constante de ibope nos últimos meses.
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Dois anos atrás o programa era uma verdadeira febre, chegando a registrar picos de até 14 pontos, e médias de 8, 9 pontos. No ano passado essa média caiu para a faixa dos 7 pontos.
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Nas últimas semanas, no entanto, essa média baixou para 5 pontos.
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Um dos motivos pode ser o abuso de merchandising no programa: de duas horas de duração, a Rede TV já chegou a usar 50 minutos só em propagandas. De fato, não há criatura que agüente.
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Cabe lembrar que o "Pânico" ainda é o programa mais assistido da Rede TV, e sua reprise é a segunda atração mais vista na casa. Mas está longe da glória e repercussão do passado. Recuperar isso - e elevar o ibope - não será nada fácil.

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