Sem festa nem alarde, a Ferrari lançou o carro que usará na temporada de 2008 da F-1. O motivo, segundo os dirigentes da escuderia presentes no evento realizado na sede da equipe, em Maranello, era manter a concentração no desenvolvimento do F2008.
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A principal modificação em relação ao modelo usado no ano passado, além da abolição do controle de tração, que será obrigatório para todas as equipes, foi "clonar" a McLaren.
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Para este ano, a Ferrari diminuiu a distância entre os eixos de seu carro, algo que em 2007 foi apontado como um dos principais responsáveis pelo mau rendimento ferrarista em circuitos mais travados.
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A menor distância entre os eixos faz com que os carros tenham melhor desempenho em retas curtas e curvas de baixa velocidade. E foi justamente em pistas assim que a McLaren conseguiu superar a Ferrari com facilidade. No ano passado, equipes como Renault e BMW também tinham distância similar à do time inglês.
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"Trabalhamos muito para resolver os problemas que tivemos em alguns circuitos, como Mônaco, Hungria e Canadá", explicou Aldo Costa, novo diretor técnico ferrarista. "Nós nos concentramos em aspectos aerodinâmicos que podem ajudar nessas pistas, mas fizemos isso de maneira a não sacrificar o desempenho que já tínhamos nas outras. Queremos ir bem em todas as pistas. É o objetivo."
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Talvez por ter "copiado" o expediente usado pelas rivais, a Ferrari distribuiu um folheto bem "pobre" neste ano. Apenas algumas das especificações técnicas foram apresentadas e, assim como no ano passado, fotos e imagens do F2008 só as distribuídas pela escuderia.
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"O folheto está exatamente como queremos, sem medidas exatas ou detalhes", explicou Luca Colajanni, assessor de imprensa do time italiano.
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Os jornalistas presentes tiveram acesso à garagem onde o carro estava, mas nem celulares eram permitidos no local, vigiado por pelo menos cinco funcionários da Ferrari.
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Apesar do sigilo, Costa já avisou que o carro que vai estrear na Austrália, em 16 de março, deve ser bem diferente do apresentado hoje. "As superfícies aerodinâmicas serão refeitas para Melbourne, já que passaremos por uma evolução até lá. A idéia é ter novos elementos em todas as corridas para ter uma evolução constante."
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O maior problema da Ferrari no desenvolvimento do modelo foi se adaptar à nova centralina, que será padronizada e produzida pela McLaren. "Estamos trabalhando desde junho nisso e tenho certeza de que, até a estréia, já teremos um conhecimento muito melhor", disse Gilles Simon, diretor de motores e engenharia.
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